Pesquisar neste blogue

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Mercadoria por entre os dedos

Mercadoria por entre os dedos




“ O nevoeiro adensa-se na madrugada,

Por entre os candeeiros perdidos meio despidos,

E passos apressados ecoam,

Pelas ruas e becos de Lisboa.

Passos esses que provêm,

Sem justa causa e após,

Uma noite de copos e companhia,

Num qualquer bairro,

Em qualquer casa,

Por um arruaceiro de qualquer natureza.

Um copo de vidro partido,

Quebrado como qualquer jarro,

Uma montra encontrada,

Desprovida de tudo e mais alguém.

Soa pelas ruas o alarme,

E esses passos apressam-se na escuridão,

Fugindo, despistando,

Correndo, amando aos poucos,

Aqui e acolá,

E perde-se a mercadoria por entre os dedos.

Mãos sulcadas de espírito,

E caras carregadas de mágoa e dor,

Tudo se rouba nas ruas de Lisboa,

Tudo se vende e confecciona,

Somos todos ladrões,

Nem que sejam dos corações alheios a nós.”



Miguel, 07FEV2003
 
 
(obrigado)  :)

caixa enviada á Dana :P



pintura em sabonetes


mini mulduras


os meus desemhos





quadro em ponto de cruz

a pensar no frio

cachecol

aneis



casinha de passarinhos



+ 1 aranha

flor em missangas


flores de sabonete


novidade :)

por do sol

Telas com arvores